Com o tema “Nossa Arte tem Fibra”, a 19ª edição do Salão de Artesanato da Paraíba foi aberta no Jangada Clube, na orla do Cabo Branco, em João Pessoa. O tema valoriza artigos como chapéus, redes, esteiras, cestas e vários outros objetos de decoração, todos produzidos em fibras.
Fernando Couto é um dos artesãos que produz artigos em fibras. Ele é de Campina Grande e usa o bambu para fazer objetos de decoração, como fontes, porta-retratos e até uma banda de rock toda articulada. Este último objeto é vendido por R$ 380.
O Salão vai funcionar diariamente das 15h às 22h, até o dia 26 de janeiro. As exceções são para os dias 24, 25 e 31 dezembro, bem como para o dia 1º de janeiro, quando o evento será fechado para as festas de final de ano. A visitação é gratuita.
A arte indígena também foi valorizada nesta edição. O potiguara Cauã dos Santos vende colares e enfeites confeccionados com sementes e fibra feitos na sua comunidade, na Baía da Traição. Segundo ele, a expectativa é aumentar o faturamento com o Salão. As peças custam entre R$ 10 e R$ 30.
“O artesanato é hoje uma atividade que garante ocupação e renda para milhares de famílias que tinham apenas a pesca como meio de sustento. A região do Curimataú, por exemplo, foi um dos maiores produtores regionais do sisal e, atualmente, várias instituições tentam resgatar essa cultura que fez e faz parte da vida de muitas famílias”, revelou a gestora do Programa de Artesanato da Paraíba (PAP), Ladjane Barbosa.
O Programa de Artesanato completa 10 anos de existência e atinge 86% dos municípios considerados polos representativos do artesanato paraibano. São mais de 6 mil artesãos espalhados por 130 municípios.