Retratando a vida do nordestino por meio da poesia, os cordéis nascem com a intenção de chamar a atenção do turista, segundo o cordelista Francisco de Assis Freitas. “Primeiro a gente tem que captar o assunto e meditar para ver se dá um cordel, se vale a pena. O assunto tem que chamar a atenção do público”, explicou.
Assis, como prefere ser chamado, é de João Pessoa e está comercializando seu produto durante o Salão de Artesanato da Paraíba, em Campina Grande, durante este São João. Ele contou que busca o que o povo gosta de ler, mas sempre o assunto é retratado através do olhar do nordestino.
“Eu sempre gosto de mostrar o meu estado, a Paraíba. Tenho um cordel em que mostro os pontos turísticos de João Pessoa. É bom para o turista que vai à cidade, conhece os lugares e vai ter registrado aquilo no cordel”, comentou.
O próximo trabalho de Assis será sobre a Copa do Mundo, justamente para atrair a atenção do turista nesta época em que o evento chega ao Brasil.
Além de cordelista, Assis é comerciante e explicou que o retorno financeiro vem lentamente. A confecção de mil cordéis custa em torno de R$ 500 a R$ 600, sem contar com divulgação. O livrinho é vendido, na maioria das vezes, por R$ 2.
“Mas é prazeroso. Eu tenho o dom, que herdei da minha mãe e da minha tia. É o que eu gosto de fazer”, disse o cordelista.
Fonte: G1