O Hemocentro da Paraíba vem registrando queda na quantidade de doações de sangue que são feitas. De acordo com a instituição, em períodos normais do ano, a média de coleta diária é de 200 bolsas, mas nos primeiros 15 dias deste mês de junho esse número caiu para 90 doações. De acordo com a coordenadora de Ações Estratégicas do Hemocentro, Divane Cabral, um dos motivos da queda podem ser os festejos juninos, visto que muitos doadores viajam para comemorar as festividades fora da cidade e deixam de doar.
Ainda conforme a coordenadora, a questão é preocupante, pois nos períodos de festas aumenta a entrada de pacientes em hospitais, vítimas de acidentes de trânsito ou crimes violentos, fazendo crescer também a procura por transfusão de sangue. Para minimizar o risco de os estoques baixarem a ponto de prejudicar o atendimento nos hospitais do Estado, o Hemocentro está realizando ações desde a última sexta-feira (14) em João Pessoa e Campina Grande.
Em João Pessoa uma unidade móvel esteve na última sexta-feira no Ponto de Cem Réis coletando sangue de voluntários, já emCampina Grande uma ação foi realizada no sábado (15) em parceria com organizações não governamentais, na Sociedade Amigos do Bairro, nas Malvinas.
O Hemocentro da Paraíba atende a quase 50 hospitais. Ele cobre 100% dos leitos do Sistema Único de Saúde e alguns leitos de planos de saúde cadastrados. O órgão possui dez hemonúcleos, nos municípios deGuarabira, Picuí, Monteiro, Princesa Isabel, Patos, Piancó, Itaporanga, Cajazeiras,Sousa e Catolé do Rocha, além de um regional em Campina Grande.
O Hospital de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena também iniciou uma ação em parceria com o Hemocentro para aumentar o número de doações de sangue.
Para ser doador, o interessado precisa ter idade de 18 a 65 anos e estar com peso acima de 50 kg. A pessoa não deve ter tomado remédio controlado e nem ter ingerido bebida alcoólica até 24 horas antes da doação.
Outra restrição é para quem fez tatuagem ou instalou piercing no corpo. Essas pessoas só podem se tornar doadores um ano após o procedimento.Todo sangue coletado passa por exames de sífilis, HIV, hepatite B e C, entre outros testes para garantir a segurança da transfusão.
Fonte: G1